Anterior

Será que meu filho tem boa autoestima?

Você já ouviu seu filho falar “Eu sou muito burro”, ou sua filha falar “Eu sou feia”? Essas frases machucam o coração de qualquer mãe, não é mesmo? Pensar que seu filho, às vezes tão pequeno, já lidando com a tão falada AUTOESTIMA. Mas o que é autoestima? É um conjunto de imagens que carregamos sobre quem somos e como nos encaixamos. E a autoestima é formada já no começo da vida.

Apesar das crianças tomarem essas decisões internamente, nós, os pais, temos uma grande influência nas decisões inconscientes que as crianças e os adolescentes tomam. A maneira como nos comunicamos, tanto com as palavras quanto com as ações, vai ajudar as crianças a tomarem decisões, saudáveis ou não, sobre si mesmas. Quando os pais demonstram que acreditam que seus filhos são capazes e dão oportunidades deles viverem essas capacidades, as crianças geralmente acabam tomando decisões saudáveis sobre sua autoestima.

Se os pais criam um ambiente em que as crianças podem contribuir e podem participar das decisões, as crianças terão mais chances de ter uma autoestima saudável. Porém, quando os pais demonstram um amor condicional, ou quando fazem tudo pelas crianças, não permitindo que elas usem toda sua capacidade, então, a autoestima não será saudável. Como pais, podemos pensar que nossos filhos são perfeitos do jeito que são, mas o mais importante é aquilo que nossos filhos vão decidir a respeito deles mesmos.

O que podemos fazer para ajudar nossos filhos no desenvolvimento de uma autoestima saudável? Veja as dicas a seguir:

  • Valide os sentimentos do seu filho. Confie que ele vai passar por esse momento sem precisar que você o “salve”. Isso aumentará a autoestima dele.
  • Não tente convencer seu filho de que ele tem que se sentir diferente.
  • Dê um abraço.
  • Não chame seu filho de estúpido, idiota, preguiçoso, burro, teimoso, ou qualquer outro insulto desrespeitoso.
  • Evite elogios. Pode parecer uma boa ideia, porém seu filho pode aprender a acreditar que só é bom se alguém disser isso para ele.
  • Não compare uma criança com outra. Cada uma é uma pessoa diferente e única. Valorize-a e aceite-a como ela é.
  • Fique atento às expectativas altas que você coloca sobre seu filho. Tome cuidado para não condicionar seu amor ao comportamento dele.
  • Não tenha favoritos.
  • Abra um espaço de comunicação para que seu filho possa falar suas opiniões e se sinta seguro de sua aceitação e importância.
  • Passe um tempo especial individual com cada filho.
  • Quando seu filho disser que passou por uma situação ruim na escola, em casa ou com outros membros da família, seja sensível, converse sobre seus sentimentos e compartilhe os seus também. Explique que às vezes as pessoas dizem e fazem coisas ruins porque elas próprias têm seus medos, suas inseguranças e que isso não tem nada a ver com ele.
  • Fique atento à superproteção. Retirar seu filho de um ambiente negativo pode não ser a melhor estratégia. 
  • Divirta-se muito com seu filho.

As crianças e os adolescentes precisam aprender que são capazes de resolver problemas, de lidar com os altos e baixos da vida, que podem contribuir e principalmente que não precisam provar nada pra ninguém, que são amadas e que são suficiente do jeito que são. E você também precisa cuidar da sua própria autoestima. Quanto mais você se gostar e se aceitar, será um modelo muito melhor para que seus filhos se aceitem também.

 

Camila Neves Camargo
Psicóloga Escolar
CRP 06/139041

 

Fonte: Disciplina Positiva de A a Z 

 

Veja outros artigos sobre Psicologia Escolar