Não adianta ensinar: meu filho não aprende!
Muitos de nós já nos deparamos com a seguinte frase: “Não adianta ensinar, meu filho não aprende!”. É comum que qualquer demora na evolução dos filhos possa gerar algum tipo de preocupação e, neste caso, é importantíssimo compartilhar essa angústia com profissionais que possam fazer uma análise mais profunda a fim de investigar a situação real da criança.
A dificuldade que a criança possa vir a ter na aprendizagem não necessariamente reflete algum tipo de transtorno que vai impossibilitá-lo de aprender. Tente abandonar a afirmação “meu filho não aprende”, isso pode inclusive reduzir as chances de encontrar soluções para a criança. Em todos os casos, a melhor opção é recorrer ao conhecimento da Neurociência.
A Neurociência investiga o funcionamento do cérebro, mais precisamente relacionado ao sistema nervoso, com o objetivo principal de entender os seus comandos. É resultado de diversos estudos e análises que hoje conseguimos separar o que é dificuldade de aprendizagem e diferenciá-la do transtorno de aprendizagem (Sim, são situações diferentes!).
De acordo com o Instituto NeuroSaber, a dificuldade de aprendizagem está relacionada com algum tipo de defasagem abrangente, que pode levar a criança a ter dificuldades de assimilar os conteúdos. A maioria dessas situações podem ser resolvidas dentro do próprio ambiente escolar, com táticas psicopedagógicas.
Já o transtorno de aprendizagem está relacionado a dificuldades pontuais e específicas, muitas vezes causadas por disfunção neurológica. Ou seja, é uma questão biológica, que envolve – além da genética – outros fatores que fogem da realidade de sala de aula.
Por essas diferenças, ao realizar um diagnóstico das dificuldades que a criança apresenta – sobretudo no período escolar inicial – é realizado uma investigação do seu histórico, como problemas de coordenação motora, sinal de atraso na fala, entre outros.
Quando o seu filho começa a apresentar sinais de dificuldades na escola, é fundamental, ao invés de tentar intervir e até mesmo rotular de maneira reducionista, que os pais levem a criança para os profissionais que podem ajudar no processo de avaliação e descoberta das necessidades do aluno, a fim de receber as orientações pertinentes, além do encaminhamento para uma equipe multidisciplinar que são necessários para o caso específico do filho.
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Fonte: Instituto NeuroSaber